leitura

"Ser leitor é querer saber o que se passa na cabeça de outro para compreender melhor o que se passa na nossa"
(Foucombert, apud Bagno 2007, p 114)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Sejam bem vindos...

O ensino de Língua Portuguesa e formação continuada.
             A luta por melhor e contínua qualificação profissional, aponta para uma questão que não se pode deixar em segundo plano, pois já não se sabe mais o que é certo ou errado, e há aí então, um grande vazio que leva a falta de ação, de perspectiva e de esperança que põe em conta as quantas anda a formação profissional do educador, principalmente com relação ao ensino de língua Portuguesa, o qual exige hoje que se tenha conhecimento específico na referida área, pois o processo de ensino e aprendizagem de português depende muito da questão de sua competência e formação docente, a qual é abordada como mediação importante nesse processo e possui aspectos essenciais que evidenciam a formação do profissional e as exigências do mundo moderno. Tais aspectos referem-se ao domínio competente e crítico do conteúdo a ser ensinado, bem como da clareza dos objetivos a serem atingidos e do domínio dos meios de comunicação que serão utilizados pelos educadores no repasse dos conteúdos de ensino.A formação continuada é vista então como um grande desafio para se melhorar o ensino de língua materna e adequá-lo a um processamento qualitativo e viável para os professores que atuam nas escolas de séries iniciais. Torna-se então, objeto de melhoria da prática docente e proporciona novas reflexões sobre o profissionalismo do educador e novos meios para desenvolver e aprimorar seu trabalho pedagógico num processo de construção permanente do conhecimento e interação com o coletivo. Segundo Pimenta & Libâneo (2006.) a formação inicial não dar conta de colocar o professor à altura de responder, por meio de seu próprio trabalho, às novas exigências de melhoria profissional, e pesquisas têm apontado para a importância e necessidade de projetos de formação continuada que venham a suprir tais exigências. É dessa forma que, com o advento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9.394 de 20/12/96, originaram-se oportunidades mais promissoras para a carreira do magistério, tanto na formação inicial quanto na continuada, Pimenta (2007).Com relação ao ensino de Língua Portuguesa, nos últimos anos, ele vem sendo alvo de intensas reflexões, pois devido à necessidade de sua contribuição significativa para o desenvolvimento da educação no país, não vem cumprindo com o seu verdadeiro papel dentro do processo ensino-aprendizagem, a saber:A formação plena de indivíduos capazes de compreender a provisoriedade, modificando-se sem perder a sua identidade, transformando a si próprio e à sociedade sem se perder, sem comprometer sua essência, sua historicidade, suas raízes e seus processos culturais, evoluindo conscientemente no sentido do aprimoramento da qualidade pessoal, relacional e de vida social. (FRANCO et al, 1995: 21).Pode –se perceber então, que a formação plena do individuo é marcada por poucas/ou fracas contribuições de linguagem que não conseguem manter a sustentação da essência e historicidade das raízes dos seus processos culturais, e isso deve ser consertado logo no inicio de sua formação, ou seja, deve-se refletir a respeito de como está se processando o ensino do aluno das séries iniciais. Quando se leva em consideração o ensino fundamental de 1ª a 4ª série, observa-se que esta é uma fase da vida do aluno (a) onde se concentram as maiores dificuldades para a aquisição da leitura e da escrita, como se pode notar pelos elevados índices de insucesso escolar.Nesse sentido, pode-se inferir que essas dificuldades sejam produto não somente da falta de políticas públicas coerentes e verdadeiramente comprometidas com a educação, mas também e, principalmente, pela imensa dificuldade da escola em articular metodologias que garantam o bom desempenho da leitura e da escrita a milhões e milhões de alunos (as) nesta fase de desenvolvimento educacional, com perspectivas positivas para o sucesso escolar.As atividades didático-pedagógicas desenvolvidas por essas escolas, não estão dando conta, em sua plenitude, de formar consciências[1] que realmente estejam preparadas para sobreviver nesse mundo individualista e competitivo da atual conjuntura.As escolas precisam visualizar no planejamento de suas atividades a formação plena dos sujeitos. O que pressupõe mudanças. No entanto, mudanças não somente no atual currículo trabalhado por essas escolas, como também e, principalmente, na prática de como esses conteúdos curriculares vêm sendo apresentados em sala de aula para os educandos (as).Além disso, essa escola aqui apresentada possui um caráter muito didático-teórico quando da proposição de suas atividades, longe demais de uma prática de vida concreta, o que faz alunos (as), criarem em suas cabeças, bombardeada por informações a cada minuto (disparadas pelos meios de comunicação de massa), certa “síndrome da obrigação” em relação à hipótese de vir a cumprir com essas atividades.Por isso, acredita-se que as propostas didáticas dessas escolas, devem vir carregadas de um sentido de vida concreto, com atividades interessantes e prazerosas para os educandos (as), abordando como subsídios para o estudo dos conteúdos curriculares necessários, não somente temas e assuntos do cotidiano desses sujeitos. É imprescindível também, adotar em seus discursos uma linguajem que no mínimo soe bem aos ouvidos desses alunos (as) para que haja, cada vez mais, um entendimento recíproco entre esses e os professores (as).Nesse sentido, surge como uma alternativa válida para a promoção de efetivas reflexões conjuntas entre os professores (as), acerca da temática: o ensino de língua portuguesa no fundamental de 1ª a 4ª série. E a partir dessas reflexões pensar na elaboração de atividades didático-pedagógicas que venham de encontro às necessidades e expectativas dos alunos (as), considerando os pressupostos da sociolingüística, numa perspectiva sócioconstrutivista de educação[1] Aqui se diz formação de consciências no sentido de que tal formação pressupõe Saberes Técnicos, Saberes Escolares e Saberes de Vida dos estudantes

Nenhum comentário:

Postar um comentário